24/08/2010

Sábado normal

     Naquele dia eu acordei cedo. Era um sábado de sol e eu tinha que arrumar meu quarto antes de sair para jogar futebol.

     Convidei algumas amigas e meu irmão.Pegamos carona com um colega que tinha um fusca e uns cd's pra lá de velhos, mas cheguei bem.

     Logo na entrada vi um colega quase bêbado, o Luis e outro amigo meu. Perguntei porque tinha deixado o Sandro beber tanto já que eram tão amigos.

     Luiz disse que ele era bem grandinho e sabia o que estava fazendo.

     Vi o jogo dos guris, joguei um pouco.

     Combinamos de ir embora juntos a pé, já que iríamos para o mesmo lado.

     Foi quando Sandro disse:

     - Vamos logo que eu quero queimar uma pedra.

     Fiquei chocada com o que tinha acabado de ouvir:

     - Não, tu vai para casa tomar um banho gelado, comer tua lasanha e dormir. Porque amanhã tu faz a abertura do Soft Line. Mas ele insistia:

     - Não, eu vou fumar uma pedra.

     E eu dizia:

     - Não, tu vai dormir, entendeu ?

     Deixamos o Sandro, o Luiz e o Jonas.

     Foi quando começamos a falar sobre o que tinha acontecido:

     - Agora o que vão pensar dele?

     - E essa coisa de crack, eu não gostei nada disso.

     Então, o Thiago começou a contar um pouco de sua história.

     - Pois é, eu sei que falta faz alguém que goste da gente e  que a gente goste.Isso motiva a gente a sair dessa vida. Quando eu era do quartel, uns me ofereceram droga. Eu resisti um pouco, mas acabei cedendo. Primeiro foi a cocaína , depois o lança perfume, por fim a maconha. Eu ainda morava com minha mãe, quando eu queria usar alguma coisa, me trancava no quarto. Ela levou um tempo para perceber, porque o único sintoma era  agitação e ansiedade. Já a maconha eu tinha que sair de casa para fumar, porque o cheiro era muito forte. E o lança perfume era igual, o cheiro era forte. Saí do quartel e, para sustentar o vício, comecei a me prostituir.


     - Sério, tu fez isso ?

     - Fiz. Quer ver ?  Então, escuta só. Alô, Cris, tudo bem ? E aí vai rolar um programa hoje ?

     - Vai (afirmou Cris).

     - Apesar de eu estar chocada com tudo isso, eu te admiro muito, porque parar de usar não é assim tão fácil .

     Se cada um de nós fizermos alguma coisa para ajudar o próximo, iria ficar bem melhor. Não podemos reclamar do mundo se não fizermos nada para melhorá-lo.

Autora: Andresa Tobias - Turma: 11B

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