12/12/2010

Perigos virtuais


Era feriado, mais precisamente segunda-feira, 'dia das avós'. À tarde fui visitar minha bisavó e minha tia. Queria parabenizá-las.  Fui recebida com muita alegria, boa educação e muita gentileza.

Conversamos um pouco.Como elas não gostam de “crianças” no meio dos adultos, perguntaram se eu não queria entrar na internet.Como boa entendedora, percebi que o assunto que elas tratariam não era próprio para ser ouvido por “crianças”...

Fui, então, para sala; enquanto elas e minha mãe conversavam na varanda.

Nossa! Era tudo o que eu queria, entrar na internet sem ninguém me vigiando.

Feliz eu estava. Dei uma “passeada” pelo orkut; depois entrei no msn; por fim, resolvi entrar no bate-papo da uol.

Conversei com várias pessoas; fiz novas amizades, conversa vai, conversa vem... acabei “conhecendo” um rapaz, seu codinome era “lindo”. Pensei: "esse deve ser mais um garoto qualquer"; estava errada.

Era um homem passando-se por adolescente. Descobri isso, pois não sou “burra”. Diariamente vejo na televisão notícias sobre pedófilos... estava falando, ao mesmo tempo,  com outro rapaz, nossa! assuntos bem diferentes. 

Enquanto falava com esse rapaz, Rodrigo “era” o nome dele, assuntos “normais”: onde você mora, quantos anos tem, o que gosta de fazer, etc... recebia perguntas muito ousadas de "Lindo": como é sua lingerie? Você é virgem? Quer se encontrar comigo ?Você já foi tocada? Tem namorado? etc.

Não sabia o que fazer. Fiquei tonta, tremia, estava sem reação. Após alguns instantes, tomei coragem e comecei a responder as perguntas dele Óbvio que não revelava nada sobre minha intimidade.

O tempo passou, ficamos nesse “lenga-lenga” por meia hora aproximadamente. Percebendo que não estava caindo em seu jogo, disse-me o seguinte:

- Você me desculpa, gata, é que eu pensei que você tivesse a cabeça aberta para qualquer assunto.

Eu realmente estava irritada, meu sangue estava fervendo, minha vontade era pegar esse “cara” e dar só na cara para ver se, assim, ele parava com aquelas perguntas. Sorte a dele, pois também queria encher-lhe a bala. Deixei o homem “falando” sozinho...

Depois ao sair da sala de bate-papo, fiquei pensando: "quantas meninas na mesma situação acabam sendo vítimas de montros tenebrosos como esse... O que leva uma pessoa a fazer isso? por quê? por quê?" Uma experiência como essa é de causar medo a qualquer um. Sorte que sou uma boa menina, tenho juízo e sei o que é certo e errado. Acho que por isso que não caí nessa conversa de amigos virtuais. 

Autora: Suany Neves -Turma 11 A

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