02/09/2010

Antes do amanhã

      Numa bela tarde de domingo, com um peso sobre travesseiros, adormece mais uma alma sobre pensamentos ocultos, os quais nos tornam prisioneiros de nossos próprios sonhos, eis aqui mais um desiludido, mas não é qualquer um, seu nome é William, morador de um bairro nobre na cidade de Caxias do Sul.

    William morava com sua mãe, filho único que recentemente teve a perda do seu pai, ainda desamparado  mas com um objetivo na vida, ele não quis parar por aí. Dificilmente saía de casa, tinha poucos amigos, poucos contatos, ajudava sua mãe com seus afazeres, estudava de manhã e frequentava a biblioteca por algumas horas ao dia.

     Certo dia, no centro da sua cidade, parou em frente de uma loja de discos, a qual ficou admirando por minutos, sem saber ao certo o que lhe chamava a atenção, ficou pasmo ao avistar uma linda jovem de cabelos longos e escuros, pele clara e um sorriso deslumbrante. Meio atordoado, como se tivesse visto algo de outro mundo, foi correndo em direção a sua mãe, dizendo-lhe que a amava, e ela, sem entender o que estava acontecendo, avistou o sorriso de seu filho como nunca avistara antes, indagou de várias maneiras até descobrir o motivo de tanta euforia. Ele lhe explicou, e embora tamanhos motivos, escutou os conselhos de sua mãe e retornou à loja.

     Chegando lá, respirou fundo e dirigiu-se até o balcão, como quem não quer nada, vasculhou alguns discos e pegou o primeiro em que lhe veio às mãos, e novamente com um sorriso deslumbrante ela se pôs em sua frente e perguntou se William precisava de alguma coisa, ele disse que não, que estava decidido sobre o que queria.

     – É este aqui, vou levar. Disse William.

     – São R$ 9, 90, mais alguma coisa ? Disse-lhe, William respirou fundo mais uma vez.

   – Não, não obrigado!

     Saiu da loja e quando chegou em casa não desgrudou a imagem daquela menina do seu pensamento. Enquanto isso sua mãe observava através da porta do seu quarto, sem entender muito o que estava acontecendo, entrou, desfrutou um pouco da alegria do seu filho.

     Lágrimas caiam de seu rosto ao escutar de seu filho que ele estava apaixonado por aquela jovem, que nem ao menos sabia seu nome, com aperto no peito, como se guardasse um segredo, ela apoiou seu filho e incentivou ele a saber mais sobre a vida daquela menina.

     No dia seguinte retornou à loja, assim se passou uma semana sendo que todos os dias comprou discos e apreciou sorrisos, de vez tomou coragem e escreveu um bilhete no qual pedia seu nome e também lhe convidava para sair.

     Em uma noite de sexta-feira deitou-se sobre seus discos, todos ainda embrulhados, sentiu uma grande dor de cabeça que deixou-lhe um estado crítico, teve que baixar ao hospital.

     Naquele momento em sua cabeça só existia uma imagem, uma face, um único olhar, aquele que lhe devolveu a força e a vontade de viver, mais foi só isso.

     William tinha uma doença rara, na qual nunca se pusera a acolher, pois não sabia, apenas sua mãe. Seu último pedido foi para que sua mãe mantivesse seu quarto intacto.

     Com muita dor, segurando sua mão sua mãe chora ,enquanto seu filho parte, desesperada, porém guerreira, pois sabia que a qualquer momento seu filho poderia deixá-la, chegou em sua casa, escutou o telefone tocar, "quem mais pode ser"?

     Com uma voz suave, super delicada pediu se William se encontrava.

     – Quem gostaria? Disse Sofia, mãe de William.

     – Aqui é da loja de discos, meu nome é Suelen, recebi um bilhete de William me convidando para sair, mas só agora fui encontrá-lo, estava com a data de ontem.

     A linha ficou muda por alguns segundos e novamente sobre lágrimas retornou sua devida resposta.

     – Minha filha, William estava passando por sérios problemas, além do mais sofria de uma doença muito rara que já dominava seu organismo há muitos anos, pois bem hoje chegou sua vez. Disse Sofia.

     – Senhora estamos falando da mesma pessoa? Não pode ser?! A semana inteira vejo-o aqui na loja, sei lá ! Com seu jeito único de ser, deu para notar que era um cara diferente, não tinha maldade no olhar, meu Deus não pode ser, escuta... Ele não abriu nenhum dos discos que comprou? Desabafa Suelen.
(continua)
Autora: Paula Franciele - Turma 11 B

6 comentários:

Anônimo disse...

que legal essa história...dizem que o verdadeiro amor é triste não é ?! muito linda a tua crônica colega!

Anônimo disse...

essa crÔnica antes do amanhecer e muito bonita forte muito legal adorei!!colega.

Anônimo disse...

Fraan *-*
mto mto linda tua crônica!
beeijo'
por: Fernanda Falcão :D

Anônimo disse...

Poxa obrigado pelos comentssss.......
vc tambem tem todo ec.. talento.....
o falc´s vlwwww ai.......
ti adoruuuuuu di montão.....
By: eu mesma

Anônimo disse...

fran adorei atua cronica muitoo linda!

Fernanda B. disse...

Muitoo linda franzinha *-*
Pq vc naum se torna escritora , vc é supeeer legal teadoro.
FernandaV.Bagesteiro 11B

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails